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o consultório médico e a adaptação de lentes de contato


                          O CONSULTÓRIO MÉDICO E A ADAPTAÇÃO DE LENTES DE CONTATO


                                                                         Por: Márcia Campiolo


O trabalho de adaptação de lentes de contato num consultório médico, envolve uma série de fatores que vão determinar o sucesso do procedimento, assim como a satisfação do cliente atendido.


Desta forma, gostaria de realizar uma rápida análise das condições comportamentais que envolvem a relação do paciente com o médico e a equipe da clínica, relações estas que irão determinar as ações, reações e percepções do paciente.    


Analisando este processo dinâmico de interação dos três elementos a partir do momento em que o paciente chega até a clínica, observa-se que ainda na recepção, muito antes de chegar até o médico, uma possível vontade ou motivação para o uso de lentes pode ser frustrado já neste instante.

Presenciei muitas vezes, pacientes que enquanto a recepcionista estava fazendo sua ficha, faziam perguntas sobre lentes de contato do tipo:


-          Estou pensando em usar lentes de contato, será que é bom?


-          Minha amiga adaptou lentes de contado com o doutor, será que vai dar certo pra mim?


-          Tenho medo de usar lentes de contato, será que é perigoso?


-          Estou pensando em usar lentes coloridas com grau, será que no meu caso vai dar?


-          O outro médico me falou que no meu caso não dá pra adaptar lentes de contato, será que é verdade? Eu queria tanto.


Em qualquer uma das situações acima descritas a falta de preparo das recepcionistas pode ser fatal, pois no caso de respostas mal colocadas, incorretas ou inconvenientes, pode-se já neste início comprometer o processo e predispor o cliente negativamente em relação as lentes.


Em uma próxima etapa, o cliente fica frente a frente com o médico, onde neste caso basicamente de forma resumida temos duas possibilidades:


a)O paciente toma a iniciativa de dizer que gostaria de usar lentes de contato ou pede informações sobre o assunto


b) O médico após avaliação do caso, informa ao paciente que entre as opções para a correção da ametropia, existem as lentes de contato.


A partir desta etapa, o paciente tem a possibilidade de ouvir do médico, as informações necessárias para leva-lo a decisão de realizar o teste de lentes de contato.


Entramos então em uma nova etapa, onde o paciente estará com a assistente do médico que lhe orientará quanto as técnicas básicas no manuseio das lentes.


Este é um momento que tem grande influência sobre a decisão final do paciente sobre o uso ou não de lentes de contato, uma vez que é comum durante o teste surgirem dúvidas e/ou dificuldades em relação ao manuseio da lente, ou sensações provocadas pela presença da lente no olho.


Márcia R. F. Campiolo   -    agosto/2002


 

Uma assistente mal preparada pode levar a desmotivação do paciente para o uso das lentes.


Elas precisam ter o preparo e controle necessários para transmitir ao paciente segurança, tranqüilidade e profissionalismo, gerando no paciente uma percepção positiva em relação ao uso das lentes de contato.


É comum durante o teste o paciente achar que:

·         não conseguirá manusear adequadamente a lentes


·         que não terá de manhã tempo suficiente para colocar as lentes


·         que a percepção da presença da lente no olho é muito incômoda


·         que será muito trabalhoso cuidar das lentes


·         etc


Um outro aspecto a ser lembrado é o fato de que com o advento das novas lentes bifocais e progressivas, aumentou muito o contingente de pacientes com faixa etária mais elevada que passaram a interessar-se pelo uso de lentes de contato.


            Estes pacientes possuem características muito próprias e muitas vezes impõem uma série de dificuldades para o manuseio das lentes. Uma delas, e o fato da dificuldade visual para perto, visão esta necessária para o manuseio das lentes de contato.


            O óculos para perto se torna assim, um acessório importante nestes casos, mas acrescenta um elemento a mais ao ritual do manuseio da lente.


Diante do exposto, uma postura de tranqüilidade e otimismo das assistentes, são de grande importância uma vez que dificuldades iniciais com o manuseio não são incomuns, e que também muito freqüentemente estas dificuldades são superadas.


É comum observamos usuários de lentes de contato comentarem suas dificuldades iniciais e compará-las a sua agilidade e destreza atuais.


Podemos concluir, que a equipe de assistentes que trabalham com o oftalmologista deve estar muito bem preparada não só tecnicamente em relação as lentes de contato, mas também nas técnicas e habilidades para se lidar com pessoas, uma vez que estas são a matéria prima essencial do trabalho dentro das clínicas.


Todos os artigos são de autoria de Márcia Campiolo e não podem ser alterados ou republicados sem a permissão da autora.

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