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Quando nada parece ajudar, eu vou e olho o cortador de pedras martelando sua rocha talvez cem vezes sem que nem uma só rachadura apareça. No entanto, na centésima primeira martelada, a pedra se abre em duas, e eu sei que não foi aquela a que conseguiu, mas todas as que vieram antes

Jacob Riis ( Nasceu na Dinamarca, foi fotógrafo e repórter policial nos Estados Unidos, 1849 – 1914)

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1)O que o médico deve observar na hora de contratar uma recepcionista para o seu consultório? Que aspectos a funcionária deve ter para atender bem os pacientes e cuidar do consultório como ele deseja?

O primeiro passo é ter muito claro qual é o perfil de colaborador que se esta buscando. Cada clínica, de acordo com suas características, assim como as atribuições que caberão a esta recepcionista, deverá elaborar um rol de características pessoais e de habilidades que se considera importantes para o desenvolvimento eficiente na função para o qual se está contratando um novo colaborador.

Apesar das características pessoais de cada clínica, é possível traçar em linhas gerais alguns requisitos fundamentais para o trabalho de uma recepcionista de clínica médica, que leve a um atendimento de elevada qualidade. Podemos destacar:

  • Simpatia
  • Boa Fluência verbal
  • Cuidado com a imagem pessoal
  • Boa ouvinte
  • Criativa

Estas características constituem-se em apenas poucos elementos necessários a uma recepconista, mas é uma amostra significativa do básico para o desenvolvimento adequado esta função.

 

2) Como deve ser o processo seletivo para escolher a recepcionista? Que ferramentas o médico pode utilizar? Que cuidados ele deve ter ao utilizar essas ferramentas?

 

É muito comum, os profissionais na área de saúde, possuirem pequenas ou médias estruturas, que não dispoem de profissionais de Recursos Humanos treinados para realizarem a seleção através de métodos mais complexos, que exigem profissionais qualificados para conduzir o processo adequadamente com estas ferramentas de seleção.

Assim, acredito que, em clínicas médicas,  o ideal, é utilizar a entrevista semi-estruturada, como principal ferramenta de seleção. Além disso, pode-se fazer uma minuciosa avaliação da carteira de trabalho do candidato, obtendo ainda mais dados para serem questionados durante a entrevista.

A entrevista, apesar de suas limitações, ainda é um bom instrumento, que pode ser utilizado por profissionais de saúde em busca de novos coloboradores para sua equipe, desde que o entrevistador esteja realmente preparado para o sentido de observação e interpretação dos “sinais”de comportamento futuro que o candidado apresenta durante a seleção.


 3) Muitos médicos optam apenas por fazer uma entrevista com a candidata. Este método é recomendado? O que ele tem de vantagens e desvantagens? O que deve ser observado durante uma entrevista?

A entrevista, apesar de ser um bom método, possui alguns aspectos importantes, que podem limitar a sua eficácia. Um deles refere-se ao fato de que é comum o médico não estar adequadamente preparado para realizar a entrevista. Assim, este profissional, acaba realizando a entrevista de forma pouco planejada e obtendo resultados também pouco confiáveis.

O mercado está inundado com informações sobre como o candidato deve se comportar durante uma entrevista de seleção. São sites na internet, livros, revistas, programas de televisão, jornais, enfim encontram-se disponíveis um vasto rol de informações que vão municiar o candidato de tal forma que ele vai procurar se comportar na frente do entrevistador exatamente da forma que ele espera que o candidato ideal se comporte. Acontece que isto não significa que durante o seu trabalho como colaborador da clínica, ele irá comportar-se dentro da mesma linha de comportamento com o qual se apresentou na entrevista.

Desta forma, numa situação em que você tem um entrevistador despreparado e um candidato bem preparado, existe a chance concreta da balança pender fortemente de forma favorável para o lado do candidado.

Assim, a missão do processo seletivo que é o de prever com boa margem de acerto o comportamento futuro do candidato, e apontar na direção do candidato ideal ao cargo, estará seriamente comprometida.

Para se realizar uma entrevista, podemos dizer de forma resumida que devemos atentar para 4 partes básicas de sua realização:

  1. Preparação do entrevistador e local da entrevista
  2. Aquecimento inicial
  3. Investigação das informações e características do candidato
  4. Encerramento
 

Além disso, o entrevistador deverá:

  • Observar o candidato atentamente durante a entrevista
  • Lembrar-se de que o que o entrevistado diz, não reflete necessariamente a verdade.
  • Evitar perguntas que tenham como resposta “sim”ou “não”.
  • Manter o contato visual com o candidato.
 

4) Depois de contratar a funcionária, se o médico detectar o despreparo dela para as suas funções, o que fazer? Demitir ou treinar?

Depende do tipo de problema que esta colaboradora está apresentando. Se for detectado que ela tem bom potencial para o cargo, mas apresenta um despreparo passível de treinamento, ou seja, que possa ser ensinado pela clínica, então a demissão pode não ser necessária, mas sim um investimento na capacitação profissional desta funcionária.

Caso contrário, se for constatado que na realidade houve uma má avaliação no processo de seleção e que esta pessoa não terá condições de apresentar bom desempenho no cargo, então, a demissão pode ser uma boa alternativa. Caso realmente haja esta dissonância entre o perfil da funcionária e aquilo que a clínica precisa, o prolongamento deste relacionamento empregatício não será bom para a clínica nem para a funcionária.

É preciso lembrar que não devemos tomar decisões precipitadas, uma vez que é comum no início, a nova colaboradora, apresentar algumas dificuldades para adaptar-se ao novo emprego. Por outro lado também, o adiamento longo de decisões desta ordem, também não é o melhor caminho.

É preciso então se buscar soluções equilibradas e muito bem ponderadas, para que não se cometa erros de avaliação em relação ao desempenho da nova colaboradora.


5) Qual seria o passo-a-passo para contratar bem?

Conhecer em detalhes o cargo para o qual se está contratando

Saber muito bem o perfil de colaborador que se está buscando para este cargo;

Utilizar fontes de recrutamento adequadas;

Preparar-se para ser um bom entrevistador;

Caso seja necessário, buscar ajuda de empresas especializadas em recrutamento e seleção;

Acompanhar e prover o suporte necessário para a adaptação e aprendizado do novo funcionário da clínica;


Todos os artigos são de autoria de Márcia Campiolo e não podem ser alterados ou republicados sem a permissão da autora.

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